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Crítica: O Legado de Júpiter está longe de ser a "The Boys da Netflix"

9/5/2021

Prometendo ser a The Boys da Netflix, O Legado de Júpiter entrega um bom conflito, mas peca demais em aspectos básicos, fazendo com que sua história ofereça poucos incentivos para a adesão do público.

escrito por
Luis Henrique Franco

Prometendo ser a The Boys da Netflix, O Legado de Júpiter entrega um bom conflito, mas peca demais em aspectos básicos, fazendo com que sua história ofereça poucos incentivos para a adesão do público.

escrito por
Luis Henrique Franco
9/5/2021

O Legado de Júpiter é uma nova série da Netflix que estreou hoje com a promessa de rivalizar com os sucessos de seus rivais, em especial a série The Boys, do Prime Video. Na sua história, vemos a primeira geração de super-heróis, liderados por Sheldon Sampson, o Utópico (Josh Duhamel), envelhecida e enfrentando dificuldades em manter a paz após 90 anos em serviço. Para substituí-los, eles contam com uma nova geração mais jovem, liderada por Brandon Sampson, o Paradigma (Andrew Horton). Contudo, os mais jovens estão aquém das expectativas de seus pais, e um conflito entre as gerações começa a eclodir.

Apesar de possuir algumas premissas e pontos de discussão interessantes, principalmente com relação à situação da sociedade atual e as mudanças que as histórias de super-heróis têm sofrido ao longo das últimas décadas, a série opta por se desenvolver em um território seguro e não aprofunda tanto suas discussões como deveria. Isso a torna pouco atrativa, principalmente quando comparada com as séries com as quais ela deveria rivalizar.

Josh Duhamel como o Utópico envelhecido, com cabelos longos e brancos

Alternando entre duas linhas do tempo diferentes, O Legado de Júpiter conta, ao mesmo tempo, a origem dos primeiros heróis da União em 1929 e seus desafios nos anos atuais. Liderados por Utópico, Lady Liberdade (Leslie Bibb), Skyfox (Matt Lanter) e Brainwave (Ben Daniels), os primeiros heróis seguiam um Código bastante severo que os impedia de intervir diretamente nos eventos da humanidade e de matar qualquer um que os enfrentasse, mesmo que fossem vilões superpoderosos. O primeiro confronto estabelecido pela série se dá justamente pela dificuldade de Utópico em preservar esse Código em uma época em que a maioria das pessoas parece defender a ideia de que "vilão bom é vilão morto", e mesmo seus próprios filhos, seus herdeiros como heróis, questionam essa regra de não matar.

Juntando tanto uma crítica social com uma análise das adaptações atuais de heróis (The Boys e Invencível são dois exemplos de produções onde os "heróis" não se importam de serem violentos e até de matar), as partes ocorridas no presente são muito mais interessantes do que os flashbacks de 1929. Contando a história de Utópico, a descoberta de seus poderes e a formação da União, os eventos do passado tomam a fórmula batida de uma história de origem, e seu único ponto interessante é justamente o trabalho de formação da personalidade do super-herói. Os principais conflitos, no entanto, são centrados no presente, com o desenrolar de críticas à forma como a União simplesmente deixou que eventos trágicos da História ocorressem sem interferência, com pessoas e até heróis exigindo uma participação mais ativa dos superpoderosos na influência dos eventos.

Os heróis originais em 1929, interpretados por Josh Duhamel, Leslie Bibb, Ben Daniels, Mike Wade, Matt Lanter e David Julian Hirsh

Mas mesmo com essas premissas boas, O Legado de Júpiter é vítima de uma série de erros básicos demais. O primeiro deles é que, apesar de os eventos presentes trazerem conflitos mais interessantes, ao mesmo tempo a série aborda uma quantidade muito grande de tramas diferentes que, por um lado, não contribuem muito aparentemente para a narrativa principal e, por outro, deixam uma série de conflitos não resolvidos, como se os produtores ansiassem tanto por uma segunda temporada que acharam que não valia a pena responder alguns pontos essenciais na primeira temporada. Contudo, esses inúmeros buracos criam uma sensação de incompletude. Para o público, é um sentimento de desapontamento que os impede de investir na história, visto que boa parte das histórias mostradas não tem tanto impacto na trama total, e aquelas que o têm ficam em aberto e sem uma conclusão que impulsionaria uma nova questão para a segunda temporada.

Andrew Horton como o Paradigma, em cena de enfrentamento com um super-vilão em uma rua da cidade.

Os personagens também são difíceis de aceitar, sendo todos muito estereotipados e pouco desenvolvidos, completados com figurinos fracos e maquiagens saídas de uma novela de baixo orçamento. Duhamel está confortável no papel de Utópico e até consegue dar alguma consistência ao seu protagonista. Ben Daniels também tem momentos muito bons com seu personagem, apesar de a maioria deles se passar nos flashbacks. Já Leslie Bibb não tem um momento para de fato brilhar e se isola em uma papel de coadjuvante sem qualquer grande impacto no decorrer dos eventos narrados.

Brainwave e Utópico envelhecidos, interpretados por Ben Daniels e Josh Duhamel

A geração mais jovem também não traz nada de excitante. Andrew Horton e Elena Kampouris interpretam os filhos de Utópico e Lady Liberdade, e estão ambos presos em personagens desinteressantes: Horton traz algum conflito como o filho que sempre tentou se igualar ao pai e que agora começa a questioná-lo, mas sua atuação é medíocre, para dizer o mínimo. Já Kampouris interpreta a filha rebelde que se volta contra os desejos de seu pai, e seu papel não poderia ser mais estereotipado, deixando pouca margem para surpresas, de tão previsível que é.

Elena Kampouirs como Chloe, filha do Utópico na série O Legado de Júpiter

O único personagem interessante da nova geração é o interpretado por Ian Quinlan, que consegue atrair um pouco o espectador com seu ar misterioso, suas origens e suas estratégias. Apesar de permanecer em aberto, a sua trama é de fato a mais interessante justamente pelos mistérios que traz, e seria o principal fator para alguém desejar assistir a uma segunda temporada.

Ian Quinlan enfrentando guardas em cena de O Legado de Júpiter

Baseada nas HQs de Mark Millar e Frank Quitely, O Legado de Júpiter tem uma boa premissa, mas comete muitos erros narrativos e de desenvolvimento, resultando em uma série difícil de se assistir e desinteressante que oferece pouco incentivo para qualquer um se apegar aos seus personagens e seus conflitos. Apenas a sua boa ideia não é o suficiente para que a produção valha a pena, e se a Netflix realmente quiser ter uma série para competir com The Boys e Invencível, ela vai precisar se esforçar muito mais do que isso para chegar ao nível dessas duas produções.

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O Legado de Júpiter

O Legado de Júpiter

Direção: 
Criação:
Roteirista 1
Roteirista 2
Roteirista 3
Diretor 1
Diretor 2
Diretor 3
Elenco Principal:
Ator 1
Ator 2
Ator 3
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Prometendo ser a The Boys da Netflix, O Legado de Júpiter entrega um bom conflito, mas peca demais em aspectos básicos, fazendo com que sua história ofereça poucos incentivos para a adesão do público.

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Luis Henrique Franco
9/5/2021

O Legado de Júpiter é uma nova série da Netflix que estreou hoje com a promessa de rivalizar com os sucessos de seus rivais, em especial a série The Boys, do Prime Video. Na sua história, vemos a primeira geração de super-heróis, liderados por Sheldon Sampson, o Utópico (Josh Duhamel), envelhecida e enfrentando dificuldades em manter a paz após 90 anos em serviço. Para substituí-los, eles contam com uma nova geração mais jovem, liderada por Brandon Sampson, o Paradigma (Andrew Horton). Contudo, os mais jovens estão aquém das expectativas de seus pais, e um conflito entre as gerações começa a eclodir.

Apesar de possuir algumas premissas e pontos de discussão interessantes, principalmente com relação à situação da sociedade atual e as mudanças que as histórias de super-heróis têm sofrido ao longo das últimas décadas, a série opta por se desenvolver em um território seguro e não aprofunda tanto suas discussões como deveria. Isso a torna pouco atrativa, principalmente quando comparada com as séries com as quais ela deveria rivalizar.

Josh Duhamel como o Utópico envelhecido, com cabelos longos e brancos

Alternando entre duas linhas do tempo diferentes, O Legado de Júpiter conta, ao mesmo tempo, a origem dos primeiros heróis da União em 1929 e seus desafios nos anos atuais. Liderados por Utópico, Lady Liberdade (Leslie Bibb), Skyfox (Matt Lanter) e Brainwave (Ben Daniels), os primeiros heróis seguiam um Código bastante severo que os impedia de intervir diretamente nos eventos da humanidade e de matar qualquer um que os enfrentasse, mesmo que fossem vilões superpoderosos. O primeiro confronto estabelecido pela série se dá justamente pela dificuldade de Utópico em preservar esse Código em uma época em que a maioria das pessoas parece defender a ideia de que "vilão bom é vilão morto", e mesmo seus próprios filhos, seus herdeiros como heróis, questionam essa regra de não matar.

Juntando tanto uma crítica social com uma análise das adaptações atuais de heróis (The Boys e Invencível são dois exemplos de produções onde os "heróis" não se importam de serem violentos e até de matar), as partes ocorridas no presente são muito mais interessantes do que os flashbacks de 1929. Contando a história de Utópico, a descoberta de seus poderes e a formação da União, os eventos do passado tomam a fórmula batida de uma história de origem, e seu único ponto interessante é justamente o trabalho de formação da personalidade do super-herói. Os principais conflitos, no entanto, são centrados no presente, com o desenrolar de críticas à forma como a União simplesmente deixou que eventos trágicos da História ocorressem sem interferência, com pessoas e até heróis exigindo uma participação mais ativa dos superpoderosos na influência dos eventos.

Os heróis originais em 1929, interpretados por Josh Duhamel, Leslie Bibb, Ben Daniels, Mike Wade, Matt Lanter e David Julian Hirsh

Mas mesmo com essas premissas boas, O Legado de Júpiter é vítima de uma série de erros básicos demais. O primeiro deles é que, apesar de os eventos presentes trazerem conflitos mais interessantes, ao mesmo tempo a série aborda uma quantidade muito grande de tramas diferentes que, por um lado, não contribuem muito aparentemente para a narrativa principal e, por outro, deixam uma série de conflitos não resolvidos, como se os produtores ansiassem tanto por uma segunda temporada que acharam que não valia a pena responder alguns pontos essenciais na primeira temporada. Contudo, esses inúmeros buracos criam uma sensação de incompletude. Para o público, é um sentimento de desapontamento que os impede de investir na história, visto que boa parte das histórias mostradas não tem tanto impacto na trama total, e aquelas que o têm ficam em aberto e sem uma conclusão que impulsionaria uma nova questão para a segunda temporada.

Andrew Horton como o Paradigma, em cena de enfrentamento com um super-vilão em uma rua da cidade.

Os personagens também são difíceis de aceitar, sendo todos muito estereotipados e pouco desenvolvidos, completados com figurinos fracos e maquiagens saídas de uma novela de baixo orçamento. Duhamel está confortável no papel de Utópico e até consegue dar alguma consistência ao seu protagonista. Ben Daniels também tem momentos muito bons com seu personagem, apesar de a maioria deles se passar nos flashbacks. Já Leslie Bibb não tem um momento para de fato brilhar e se isola em uma papel de coadjuvante sem qualquer grande impacto no decorrer dos eventos narrados.

Brainwave e Utópico envelhecidos, interpretados por Ben Daniels e Josh Duhamel

A geração mais jovem também não traz nada de excitante. Andrew Horton e Elena Kampouris interpretam os filhos de Utópico e Lady Liberdade, e estão ambos presos em personagens desinteressantes: Horton traz algum conflito como o filho que sempre tentou se igualar ao pai e que agora começa a questioná-lo, mas sua atuação é medíocre, para dizer o mínimo. Já Kampouris interpreta a filha rebelde que se volta contra os desejos de seu pai, e seu papel não poderia ser mais estereotipado, deixando pouca margem para surpresas, de tão previsível que é.

Elena Kampouirs como Chloe, filha do Utópico na série O Legado de Júpiter

O único personagem interessante da nova geração é o interpretado por Ian Quinlan, que consegue atrair um pouco o espectador com seu ar misterioso, suas origens e suas estratégias. Apesar de permanecer em aberto, a sua trama é de fato a mais interessante justamente pelos mistérios que traz, e seria o principal fator para alguém desejar assistir a uma segunda temporada.

Ian Quinlan enfrentando guardas em cena de O Legado de Júpiter

Baseada nas HQs de Mark Millar e Frank Quitely, O Legado de Júpiter tem uma boa premissa, mas comete muitos erros narrativos e de desenvolvimento, resultando em uma série difícil de se assistir e desinteressante que oferece pouco incentivo para qualquer um se apegar aos seus personagens e seus conflitos. Apenas a sua boa ideia não é o suficiente para que a produção valha a pena, e se a Netflix realmente quiser ter uma série para competir com The Boys e Invencível, ela vai precisar se esforçar muito mais do que isso para chegar ao nível dessas duas produções.

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Prometendo ser a The Boys da Netflix, O Legado de Júpiter entrega um bom conflito, mas peca demais em aspectos básicos, fazendo com que sua história ofereça poucos incentivos para a adesão do público.

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Luis Henrique Franco
9/5/2021
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Prometendo ser a The Boys da Netflix, O Legado de Júpiter entrega um bom conflito, mas peca demais em aspectos básicos, fazendo com que sua história ofereça poucos incentivos para a adesão do público.

escrito por
Luis Henrique Franco
9/5/2021

O Legado de Júpiter é uma nova série da Netflix que estreou hoje com a promessa de rivalizar com os sucessos de seus rivais, em especial a série The Boys, do Prime Video. Na sua história, vemos a primeira geração de super-heróis, liderados por Sheldon Sampson, o Utópico (Josh Duhamel), envelhecida e enfrentando dificuldades em manter a paz após 90 anos em serviço. Para substituí-los, eles contam com uma nova geração mais jovem, liderada por Brandon Sampson, o Paradigma (Andrew Horton). Contudo, os mais jovens estão aquém das expectativas de seus pais, e um conflito entre as gerações começa a eclodir.

Apesar de possuir algumas premissas e pontos de discussão interessantes, principalmente com relação à situação da sociedade atual e as mudanças que as histórias de super-heróis têm sofrido ao longo das últimas décadas, a série opta por se desenvolver em um território seguro e não aprofunda tanto suas discussões como deveria. Isso a torna pouco atrativa, principalmente quando comparada com as séries com as quais ela deveria rivalizar.

Josh Duhamel como o Utópico envelhecido, com cabelos longos e brancos

Alternando entre duas linhas do tempo diferentes, O Legado de Júpiter conta, ao mesmo tempo, a origem dos primeiros heróis da União em 1929 e seus desafios nos anos atuais. Liderados por Utópico, Lady Liberdade (Leslie Bibb), Skyfox (Matt Lanter) e Brainwave (Ben Daniels), os primeiros heróis seguiam um Código bastante severo que os impedia de intervir diretamente nos eventos da humanidade e de matar qualquer um que os enfrentasse, mesmo que fossem vilões superpoderosos. O primeiro confronto estabelecido pela série se dá justamente pela dificuldade de Utópico em preservar esse Código em uma época em que a maioria das pessoas parece defender a ideia de que "vilão bom é vilão morto", e mesmo seus próprios filhos, seus herdeiros como heróis, questionam essa regra de não matar.

Juntando tanto uma crítica social com uma análise das adaptações atuais de heróis (The Boys e Invencível são dois exemplos de produções onde os "heróis" não se importam de serem violentos e até de matar), as partes ocorridas no presente são muito mais interessantes do que os flashbacks de 1929. Contando a história de Utópico, a descoberta de seus poderes e a formação da União, os eventos do passado tomam a fórmula batida de uma história de origem, e seu único ponto interessante é justamente o trabalho de formação da personalidade do super-herói. Os principais conflitos, no entanto, são centrados no presente, com o desenrolar de críticas à forma como a União simplesmente deixou que eventos trágicos da História ocorressem sem interferência, com pessoas e até heróis exigindo uma participação mais ativa dos superpoderosos na influência dos eventos.

Os heróis originais em 1929, interpretados por Josh Duhamel, Leslie Bibb, Ben Daniels, Mike Wade, Matt Lanter e David Julian Hirsh

Mas mesmo com essas premissas boas, O Legado de Júpiter é vítima de uma série de erros básicos demais. O primeiro deles é que, apesar de os eventos presentes trazerem conflitos mais interessantes, ao mesmo tempo a série aborda uma quantidade muito grande de tramas diferentes que, por um lado, não contribuem muito aparentemente para a narrativa principal e, por outro, deixam uma série de conflitos não resolvidos, como se os produtores ansiassem tanto por uma segunda temporada que acharam que não valia a pena responder alguns pontos essenciais na primeira temporada. Contudo, esses inúmeros buracos criam uma sensação de incompletude. Para o público, é um sentimento de desapontamento que os impede de investir na história, visto que boa parte das histórias mostradas não tem tanto impacto na trama total, e aquelas que o têm ficam em aberto e sem uma conclusão que impulsionaria uma nova questão para a segunda temporada.

Andrew Horton como o Paradigma, em cena de enfrentamento com um super-vilão em uma rua da cidade.

Os personagens também são difíceis de aceitar, sendo todos muito estereotipados e pouco desenvolvidos, completados com figurinos fracos e maquiagens saídas de uma novela de baixo orçamento. Duhamel está confortável no papel de Utópico e até consegue dar alguma consistência ao seu protagonista. Ben Daniels também tem momentos muito bons com seu personagem, apesar de a maioria deles se passar nos flashbacks. Já Leslie Bibb não tem um momento para de fato brilhar e se isola em uma papel de coadjuvante sem qualquer grande impacto no decorrer dos eventos narrados.

Brainwave e Utópico envelhecidos, interpretados por Ben Daniels e Josh Duhamel

A geração mais jovem também não traz nada de excitante. Andrew Horton e Elena Kampouris interpretam os filhos de Utópico e Lady Liberdade, e estão ambos presos em personagens desinteressantes: Horton traz algum conflito como o filho que sempre tentou se igualar ao pai e que agora começa a questioná-lo, mas sua atuação é medíocre, para dizer o mínimo. Já Kampouris interpreta a filha rebelde que se volta contra os desejos de seu pai, e seu papel não poderia ser mais estereotipado, deixando pouca margem para surpresas, de tão previsível que é.

Elena Kampouirs como Chloe, filha do Utópico na série O Legado de Júpiter

O único personagem interessante da nova geração é o interpretado por Ian Quinlan, que consegue atrair um pouco o espectador com seu ar misterioso, suas origens e suas estratégias. Apesar de permanecer em aberto, a sua trama é de fato a mais interessante justamente pelos mistérios que traz, e seria o principal fator para alguém desejar assistir a uma segunda temporada.

Ian Quinlan enfrentando guardas em cena de O Legado de Júpiter

Baseada nas HQs de Mark Millar e Frank Quitely, O Legado de Júpiter tem uma boa premissa, mas comete muitos erros narrativos e de desenvolvimento, resultando em uma série difícil de se assistir e desinteressante que oferece pouco incentivo para qualquer um se apegar aos seus personagens e seus conflitos. Apenas a sua boa ideia não é o suficiente para que a produção valha a pena, e se a Netflix realmente quiser ter uma série para competir com The Boys e Invencível, ela vai precisar se esforçar muito mais do que isso para chegar ao nível dessas duas produções.

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