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5 Motivos para ver as Séries Animadas de Star Wars

14/12/2017

Além dos filmes, as séries animadas de Star Wars conquistaram muitos fãs por suas histórias intrigantes. Confira agora 5 motivos para dar a elas uma chance!

escrito por
Luis Henrique Franco

Além dos filmes, as séries animadas de Star Wars conquistaram muitos fãs por suas histórias intrigantes. Confira agora 5 motivos para dar a elas uma chance!

escrito por
Luis Henrique Franco
14/12/2017

Iniciada em 1977 por George Lucas, a saga de Star Wars se tornou rapidamente uma das mais populares do mundo inteiro, criando um grande universo de ficção científica que rendeu, em primeiro plano, uma marcante trilogia inicial, seguida de uma segunda trilogia que, apesar de ter sido menos bem recebida, ainda apresentou ao público um universo mais expandido e com alto potencial para ser explorado no futuro, recentemente, sob o controle da Disney, a saga retornou para sua terceira trilogia, além de apresentar planos para uma grande diversidade de filmes solo, sendo Rogue One o primeiro deles.

Mas além do universo dos filmes, a saga de Star Wars apresentou-se ao público em outras mídias, menos comentadas do que o universo dos filmes. Entre todas essas mídias, as séries animadas talvez sejam uma das mais populares. A ideia das séries começou em 2008, com o lançamento de The Clone Wars, baseada em um filme animado de mesmo nome. Com seis temporadas, a série se destacou como uma grande produção do Cartoon Network e narrou histórias ocorridas entre os episódios II e III, durante a chamada Guerra Clônica entre a República e o Exército Separatista. A segunda série animada a estrear foi Rebels, com quatro temporadas, sendo que a última ainda está sendo lançada, que se passa entre os episódios III e IV (ou, mais precisamente, entre o episódio III e Rogue One) e é centrada em um pequeno grupo de rebeldes que, de um planeta distante, iniciam a chama que daria força à Aliança Rebelde, até então começando a ser formada.

As séries animadas trazem muito conteúdo à saga e podem ser uma boa experiência para os fãs. Abaixo, listamos alguns motivos pelos quais você deveria dar às séries animadas de Star Wars uma chance.

1. HISTÓRIAS NÃO CONTADAS

Se pegarmos as histórias dos filmes, veremos que o episódio II termina com a eclosão das Guerras Clônicas, que ao que tudo indica, serão um confronto terrível para a República, enquanto o episódio III começa no final da mesma guerra, anos depois. Há um grande espaço de acontecimentos entre um episódio e outro, que nunca foram mostrados nos filmes e deixavam um pouco no ar o tamanho real do conflito. Esse buraco é muito bem preenchido em The Clone Wars, pois seus episódios narram diferentes batalhas, eventos, estratégias e acontecimentos que se passaram durante as Guerras Clônicas, possibilitando ao espectador encaixar todos esses acontecimentos entre os episódios II e III e ter, assim, uma dimensão muito mais real do quão terrível a guerra foi para o universo de Star Wars.

A mesma coisa acontece em Rebels, embora em uma menor escala. Isso porque a série foca um pouco mais em apenas um grupo, narrando suas missões como rebeldes contra o Império, em eventos ocorridos entre os episódios III e IV. Inicialmente, têm-se a impressão de se tratar de uma história um pouco deslocada dos eventos do filme. porém, Rebels é muito eficiente para contar um pouco sobre a formação e o crescimento da Aliança Rebelde contra a opressão imperial. De certa forma, é bom ter um pouco desse histórico, ao invés de simplesmente chegar ao episódio IV com uma Aliança já montada e operacional.

O vídeo abaixo mostra a chegada do grupo à base rebelde de Yavin 4, famosa durante o episódio IV da saga

2. NOVOS PERSONAGENS E APROFUNDAMENTO DOS ANTIGOS

Justamente por se tratarem de séries, as duas produções tiveram tempo para trabalhar melhor seus personagens quanto à personalidade, emoções, características e todos os outros pontos, criando indivíduos mais complexos dentro do universo Star Wars.

O resultado disso foi a apresentação de inúmeros novos personagens que rapidamente conquistaram o público, como Ahsoka Tano, Capitão Rex, Asajj Ventress e Hondo Ohnaka (The Clone Wars), Hera Syndulla, Ezra Bridger, Zeb Orelios, Kanan Jarrus e Sabine Wren (Rebels). Extremamente diferentes entre si, os novos personagens trouxeram um grande crescimento para a saga no quesito de abordar outros focos além dos antigos personagens e contribuir muito mais para o crescimento e expansão do universo como um todo.

As séries também fizeram um grande trabalho em relação a personagens antigos da franquia. Tendo como protagonistas os jedi Anakin Skywalker e Obi Wan Kenobi (da mesma maneira que a trilogia dos episódios I, II e III), The Clone Wars não só trabalhou muito bem essa dupla de personagens, fortalecendo a relação entre ambos, mas também explorou uma série de outros personagens que haviam sido introduzidos na mesma trilogia, mas que acabaram por assumir papéis mais secundários.  Diversos episódios foram focados em personagens como Yoda, Padmé Amidala, Mace Windu e mesmo em alguns vilões, como Conde Dookan e General Grievous, mostrando muito mais a participação desses personagens dentro da saga e aumentando consideravelmente sua importância nos eventos ocorridos. Também foi muito bom o trabalho dessa série com outros mestres jedi que, apesar de terem sido mostrados nos filmes, não tiveram nenhuma importância nos acontecimentos dos mesmos, como Ki Adi Mundi, Plo Koom, Luminara Unduli e Kit Fisto.

Já Rebels é uma série que foca muito mais em um grupo específico de personagens e os constrói muito bem, mas que não possui a mesma abrangência de The Clone Wars. Por serem os protagonistas, esse pequeno grupo de rebeldes ganha imenso destaque tanto na narrativa da própria série quanto como membros ativos dos eventos que não foram mostrados nos filmes. E mesmo com esse foco específico, a série acabou dando um pouco mais de luz a alguns personagens que, mesmo com sua participação nos filmes, encontravam-se sempre um pouco apagados, como os líderes da Rebelião Bail Organa e Mon Mothma, assim como o líder extremista Saw Guerrera, apresentado em The Clone Wars e introduzido no universo dos filmes em Rogue One.

3. EXPLORAÇÃO DOS CONCEITOS DA SAGA

Star Wars é uma saga que trouxe à tona muitos conceitos para povoar o universo nerd, e todos esses elementos foram bem explorados em todos os filmes da saga, às vezes apresentando novas questões interessantes, às vezes introduzindo conceitos meio estranhos e sem sentido (cof cof midi-chlorians). As séries animadas entraram também nessa ideia de explorar conceitos, e também tiveram uma grande contribuição na construção desse universo.

The Clone Wars, por exemplo, foi uma série que se preocupou muito em explorar os caminhos da força (em seus capítulos finais, há um arco no qual Yoda é levado para planetas distantes no qual entra em contato tanto com o Lado Negro quanto com o Lado branco da Força) e procura, em alguns momentos, tornar mais clara a ideia da profecia sobre Anakin ser o escolhido que traria equilíbrio para a Força. Também, por tratar em termos gerais das Guerras Clônicas, a série trouxe muitas questões a respeito dos próprios Clones, como a maneira como eles eram criados, sua relação com a República, os jedi e seu planeta natal, Kamino, seus sentimentos além de seu dever para com a guerra. A série, nesse sentido, inclusive lançou um novo olhar a respeito da famigerada Ordem 66 e mostrou mais atentamente como o plano de Palpatine realmente foi posto em prática.

O vídeo abaixo é parte de um dos arcos de The Clone Wars, onde é explorada a conexão de Anakin com a Força e sua posição como escolhido para trazer equilíbrio à mesma.

Também foram abordadas inúmeras origens de diversos personagens antes apresentados, de forma a consertar certo ar de que eles só haviam sido jogados no meio dos filmes e dando-lhes uma história que os tornasse mais atraentes. O mesmo pode ser dito em Rebels, que nutre-se da história de origem de toda a Aliança Rebelde, ao mesmo tempo em que também explora ideias como a conexão das Força com todos os seres vivos, os templos e os caminhos para o Lado Sombrio.

Apesar disso, justamente por não poderem fugir muito aos filmes, alguns conceitos mais sem sentido também foram trazidos à tona nas séries (Estou olhando para vocês, Midi-Chlorians)

4. OUSADIA PARA INOVAR COM RESPEITO AOS FILMES

Ambas as séries trouxeram para o público uma grande variedade de arcos e histórias surpreendentes que, em certos pontos, fugiam às premissas estabelecidas pelos filmes. A presença de alguns personagens em ambas as séries, como a Padawan de Anakin, Ahsoka Tano, e o vilão Darth Maul, julgado como morto, foram ideias novas que ambas as séries acolheram e que também foram bem acolhidas pelos fãs. Também o foram muitos dos arcos criados pelas séries, que resultaram em histórias divertidas e intrigantes para todos os fãs.

Contudo, a inovação e as ideias da série pareciam esbarrar em um problema. Consideradas parte do cânone da saga, elas não podiam ir contra as ideias dos filmes ou os eventos neles ocorridos. Isso criava alguns problemas de lógica, como o fato de que, se Ahsoka era Padawan de Anakin, onde ela estava durante o episódio III, ou mesmo o Capitão Rex, líder de uma das principais divisões de clones na série. Existia também o problema de que, se Darth Maul estava vivo, onde ele estivera durante os episódios II e III, ou mesmo o caso de Rebels, que introduz um grupo que seria, supostamente, importante para a Aliança Rebelde, mas que não é mostrado em nenhum dos filmes da trilogia original.

Essas situações, que pareciam controversas quando colocadas em choque com o que foi apresentado nos filmes, foram dribladas pelas séries de uma maneira sutil e ainda assim coerente, de forma a evitar o dito conflito. Em The Clone Wars, por exemplo, a ausência do Capitão Rex pode ser explicada pelo fato de que ele é apenas um dos comandantes do exército clone e estava em missões não mostradas no filme (já houveram referências à sua participação no Cerco de Mandalore, que teria ocorrido próximo aos eventos do Episódio III). Quanto a Ahsoka, embora tenha sido Padawan do protagonista da segunda trilogia, sua ausência nos filmes é explicada pelo fato de ela ter deixado a Ordem Jedi após um julgamento por um crime que não cometeu e sua “desilusão” com as questões da ordem após isso. Já Maul manteve-se escondido por anos enquanto recuperava suas forças (ele sobreviveu ao conflito com Kenobi após se envolver em uma bolha de ódio que o manteve vivo até que lhe fossem construídas pernas metálicas). Depois disso, retornou e tornou-se um vilão da série até ser encontrado por Darth Sidious e aprisionado por esse, justificando assim sua ausência no episódio III.

O vídeo abaixo mostra o momento em que Ahsoka Tano deixa a Ordem Jedi

Já em Rebels, a mesma situação se repete com os mesmos personagens, com Ahsoka sendo parte da rebelião e supostamente perecendo após um conflito com Darth Vader, e Maul sendo encontrado em sua prisão em um planeta distante e, episódios depois, sendo morto por Kenobi em um duelo final entre os dois inimigos. Já o Capitão Rex viveu muitos anos em isolamento em um planeta distante, sendo chamado pela Rebelião para lutar novamente. Sua história, porém, torna-se um pouco diferente, já que ele teria tido uma participação no episódio VI como um rebelde de barba branca que participou do ataque à lua de Endor.

O Vídeo abaixo mostra o último duelo entre Kenobi e Darth Maul, e a saída definitiva desse último da saga.

Quanto ao grupo protagonista da série, embora não tenham participado da trilogia, sua presença foi honrada pelo filme Rogue One, que além de mencionar, em um de seus trechos, uma certa General Syndulla (referência à personagem Hera Syndulla, líder do grupo) também mostra a nave Ghost, usada pelo grupo em suas missões, durante a batalha final do filme. Além disso, introduzem também o personagem Saw Guerrera aos filmes, personagem marcante em ambas as séries, o que reforçou ainda mais a presença de ambas no cânone.

5. DIFERENTES ENFOQUES

The Clone Wars é uma série focada completamente nas Guerras Clônicas, e boa parte de suas histórias relatam conflitos entre o exército de Clones da República e o exército de dróides dos Separatistas. Muitos de seus arcos, porém, não remetem apenas aos conflitos armados. Muitos capítulos envolvem tramas que se passam dentro do Senado e relatam lutas políticas e de interesses em um cenário mais burocrático. Há também histórias voltadas mais para um lado científico de corrida armamentista e pesquisas da época, e muitos episódios que envolvem questões relativas à Força e ao treinamento ao redor dela, tanto de jedis (como no caso do episódio onde é acompanhada a busca de Padawans por cristais Kyber para seus sabres de luz) quanto de Siths (o treinamento de Savage ao lado de Conde Dookan). Também são exploradas relações políticas, comerciais e sociais entre planetas que são apenas citados nos filmes e que, aqui, ganham muito mais destaque.

Em Rebels, o mesmo acontece, visto que a maioria dos episódios (isso principalmente na primeira temporada) não diz respeito a um conflito armado entre Rebeldes e Império, nem a um duelo entre naves das duas facções, mas sim ao processo de construção de uma célula da rebelião, a necessidade de se coletar recursos para a sustentação do grupo, as políticas envolvendo a própria criação da Aliança e as divergências entre os grupos, as negociações com piratas e comerciantes, a necessidade de golpes pequenos contra o Império, visto que a força Rebelde não é grande o bastante para lançar ataques diretos e mais potentes. Acima de tudo, isso dá um toque de realidade a uma Aliança que, pelo episódio IV, já está completamente formada e apenas esperando uma brecha para atacar. Na série, vemos que o processo não é tão simples assim.

Existem muitos motivos para você assistir as séries animadas do universo de Star Wars. O principal deles, porém, e que acumula muito do que foi dito acima, é que essas séries trazem densidade e profundidade ao universo criado por George Lucas, e o exploram de uma maneira que os filmes não teriam como fazer, trazendo para os fãs um conteúdo mais completo e que familiariza mais as pessoas com o universo da saga.

Para os interessados, ambas as séries estão disponíveis na Netflix. Comece já a sua maratona! Não percam também o novo filme da saga, Os Últimos Jedis

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Direção: 
Criação:
Roteirista 1
Roteirista 2
Roteirista 3
Diretor 1
Diretor 2
Diretor 3
Elenco Principal:
Ator 1
Ator 2
Ator 3
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Além dos filmes, as séries animadas de Star Wars conquistaram muitos fãs por suas histórias intrigantes. Confira agora 5 motivos para dar a elas uma chance!

crítica por
Luis Henrique Franco
14/12/2017

Iniciada em 1977 por George Lucas, a saga de Star Wars se tornou rapidamente uma das mais populares do mundo inteiro, criando um grande universo de ficção científica que rendeu, em primeiro plano, uma marcante trilogia inicial, seguida de uma segunda trilogia que, apesar de ter sido menos bem recebida, ainda apresentou ao público um universo mais expandido e com alto potencial para ser explorado no futuro, recentemente, sob o controle da Disney, a saga retornou para sua terceira trilogia, além de apresentar planos para uma grande diversidade de filmes solo, sendo Rogue One o primeiro deles.

Mas além do universo dos filmes, a saga de Star Wars apresentou-se ao público em outras mídias, menos comentadas do que o universo dos filmes. Entre todas essas mídias, as séries animadas talvez sejam uma das mais populares. A ideia das séries começou em 2008, com o lançamento de The Clone Wars, baseada em um filme animado de mesmo nome. Com seis temporadas, a série se destacou como uma grande produção do Cartoon Network e narrou histórias ocorridas entre os episódios II e III, durante a chamada Guerra Clônica entre a República e o Exército Separatista. A segunda série animada a estrear foi Rebels, com quatro temporadas, sendo que a última ainda está sendo lançada, que se passa entre os episódios III e IV (ou, mais precisamente, entre o episódio III e Rogue One) e é centrada em um pequeno grupo de rebeldes que, de um planeta distante, iniciam a chama que daria força à Aliança Rebelde, até então começando a ser formada.

As séries animadas trazem muito conteúdo à saga e podem ser uma boa experiência para os fãs. Abaixo, listamos alguns motivos pelos quais você deveria dar às séries animadas de Star Wars uma chance.

1. HISTÓRIAS NÃO CONTADAS

Se pegarmos as histórias dos filmes, veremos que o episódio II termina com a eclosão das Guerras Clônicas, que ao que tudo indica, serão um confronto terrível para a República, enquanto o episódio III começa no final da mesma guerra, anos depois. Há um grande espaço de acontecimentos entre um episódio e outro, que nunca foram mostrados nos filmes e deixavam um pouco no ar o tamanho real do conflito. Esse buraco é muito bem preenchido em The Clone Wars, pois seus episódios narram diferentes batalhas, eventos, estratégias e acontecimentos que se passaram durante as Guerras Clônicas, possibilitando ao espectador encaixar todos esses acontecimentos entre os episódios II e III e ter, assim, uma dimensão muito mais real do quão terrível a guerra foi para o universo de Star Wars.

A mesma coisa acontece em Rebels, embora em uma menor escala. Isso porque a série foca um pouco mais em apenas um grupo, narrando suas missões como rebeldes contra o Império, em eventos ocorridos entre os episódios III e IV. Inicialmente, têm-se a impressão de se tratar de uma história um pouco deslocada dos eventos do filme. porém, Rebels é muito eficiente para contar um pouco sobre a formação e o crescimento da Aliança Rebelde contra a opressão imperial. De certa forma, é bom ter um pouco desse histórico, ao invés de simplesmente chegar ao episódio IV com uma Aliança já montada e operacional.

O vídeo abaixo mostra a chegada do grupo à base rebelde de Yavin 4, famosa durante o episódio IV da saga

2. NOVOS PERSONAGENS E APROFUNDAMENTO DOS ANTIGOS

Justamente por se tratarem de séries, as duas produções tiveram tempo para trabalhar melhor seus personagens quanto à personalidade, emoções, características e todos os outros pontos, criando indivíduos mais complexos dentro do universo Star Wars.

O resultado disso foi a apresentação de inúmeros novos personagens que rapidamente conquistaram o público, como Ahsoka Tano, Capitão Rex, Asajj Ventress e Hondo Ohnaka (The Clone Wars), Hera Syndulla, Ezra Bridger, Zeb Orelios, Kanan Jarrus e Sabine Wren (Rebels). Extremamente diferentes entre si, os novos personagens trouxeram um grande crescimento para a saga no quesito de abordar outros focos além dos antigos personagens e contribuir muito mais para o crescimento e expansão do universo como um todo.

As séries também fizeram um grande trabalho em relação a personagens antigos da franquia. Tendo como protagonistas os jedi Anakin Skywalker e Obi Wan Kenobi (da mesma maneira que a trilogia dos episódios I, II e III), The Clone Wars não só trabalhou muito bem essa dupla de personagens, fortalecendo a relação entre ambos, mas também explorou uma série de outros personagens que haviam sido introduzidos na mesma trilogia, mas que acabaram por assumir papéis mais secundários.  Diversos episódios foram focados em personagens como Yoda, Padmé Amidala, Mace Windu e mesmo em alguns vilões, como Conde Dookan e General Grievous, mostrando muito mais a participação desses personagens dentro da saga e aumentando consideravelmente sua importância nos eventos ocorridos. Também foi muito bom o trabalho dessa série com outros mestres jedi que, apesar de terem sido mostrados nos filmes, não tiveram nenhuma importância nos acontecimentos dos mesmos, como Ki Adi Mundi, Plo Koom, Luminara Unduli e Kit Fisto.

Já Rebels é uma série que foca muito mais em um grupo específico de personagens e os constrói muito bem, mas que não possui a mesma abrangência de The Clone Wars. Por serem os protagonistas, esse pequeno grupo de rebeldes ganha imenso destaque tanto na narrativa da própria série quanto como membros ativos dos eventos que não foram mostrados nos filmes. E mesmo com esse foco específico, a série acabou dando um pouco mais de luz a alguns personagens que, mesmo com sua participação nos filmes, encontravam-se sempre um pouco apagados, como os líderes da Rebelião Bail Organa e Mon Mothma, assim como o líder extremista Saw Guerrera, apresentado em The Clone Wars e introduzido no universo dos filmes em Rogue One.

3. EXPLORAÇÃO DOS CONCEITOS DA SAGA

Star Wars é uma saga que trouxe à tona muitos conceitos para povoar o universo nerd, e todos esses elementos foram bem explorados em todos os filmes da saga, às vezes apresentando novas questões interessantes, às vezes introduzindo conceitos meio estranhos e sem sentido (cof cof midi-chlorians). As séries animadas entraram também nessa ideia de explorar conceitos, e também tiveram uma grande contribuição na construção desse universo.

The Clone Wars, por exemplo, foi uma série que se preocupou muito em explorar os caminhos da força (em seus capítulos finais, há um arco no qual Yoda é levado para planetas distantes no qual entra em contato tanto com o Lado Negro quanto com o Lado branco da Força) e procura, em alguns momentos, tornar mais clara a ideia da profecia sobre Anakin ser o escolhido que traria equilíbrio para a Força. Também, por tratar em termos gerais das Guerras Clônicas, a série trouxe muitas questões a respeito dos próprios Clones, como a maneira como eles eram criados, sua relação com a República, os jedi e seu planeta natal, Kamino, seus sentimentos além de seu dever para com a guerra. A série, nesse sentido, inclusive lançou um novo olhar a respeito da famigerada Ordem 66 e mostrou mais atentamente como o plano de Palpatine realmente foi posto em prática.

O vídeo abaixo é parte de um dos arcos de The Clone Wars, onde é explorada a conexão de Anakin com a Força e sua posição como escolhido para trazer equilíbrio à mesma.

Também foram abordadas inúmeras origens de diversos personagens antes apresentados, de forma a consertar certo ar de que eles só haviam sido jogados no meio dos filmes e dando-lhes uma história que os tornasse mais atraentes. O mesmo pode ser dito em Rebels, que nutre-se da história de origem de toda a Aliança Rebelde, ao mesmo tempo em que também explora ideias como a conexão das Força com todos os seres vivos, os templos e os caminhos para o Lado Sombrio.

Apesar disso, justamente por não poderem fugir muito aos filmes, alguns conceitos mais sem sentido também foram trazidos à tona nas séries (Estou olhando para vocês, Midi-Chlorians)

4. OUSADIA PARA INOVAR COM RESPEITO AOS FILMES

Ambas as séries trouxeram para o público uma grande variedade de arcos e histórias surpreendentes que, em certos pontos, fugiam às premissas estabelecidas pelos filmes. A presença de alguns personagens em ambas as séries, como a Padawan de Anakin, Ahsoka Tano, e o vilão Darth Maul, julgado como morto, foram ideias novas que ambas as séries acolheram e que também foram bem acolhidas pelos fãs. Também o foram muitos dos arcos criados pelas séries, que resultaram em histórias divertidas e intrigantes para todos os fãs.

Contudo, a inovação e as ideias da série pareciam esbarrar em um problema. Consideradas parte do cânone da saga, elas não podiam ir contra as ideias dos filmes ou os eventos neles ocorridos. Isso criava alguns problemas de lógica, como o fato de que, se Ahsoka era Padawan de Anakin, onde ela estava durante o episódio III, ou mesmo o Capitão Rex, líder de uma das principais divisões de clones na série. Existia também o problema de que, se Darth Maul estava vivo, onde ele estivera durante os episódios II e III, ou mesmo o caso de Rebels, que introduz um grupo que seria, supostamente, importante para a Aliança Rebelde, mas que não é mostrado em nenhum dos filmes da trilogia original.

Essas situações, que pareciam controversas quando colocadas em choque com o que foi apresentado nos filmes, foram dribladas pelas séries de uma maneira sutil e ainda assim coerente, de forma a evitar o dito conflito. Em The Clone Wars, por exemplo, a ausência do Capitão Rex pode ser explicada pelo fato de que ele é apenas um dos comandantes do exército clone e estava em missões não mostradas no filme (já houveram referências à sua participação no Cerco de Mandalore, que teria ocorrido próximo aos eventos do Episódio III). Quanto a Ahsoka, embora tenha sido Padawan do protagonista da segunda trilogia, sua ausência nos filmes é explicada pelo fato de ela ter deixado a Ordem Jedi após um julgamento por um crime que não cometeu e sua “desilusão” com as questões da ordem após isso. Já Maul manteve-se escondido por anos enquanto recuperava suas forças (ele sobreviveu ao conflito com Kenobi após se envolver em uma bolha de ódio que o manteve vivo até que lhe fossem construídas pernas metálicas). Depois disso, retornou e tornou-se um vilão da série até ser encontrado por Darth Sidious e aprisionado por esse, justificando assim sua ausência no episódio III.

O vídeo abaixo mostra o momento em que Ahsoka Tano deixa a Ordem Jedi

Já em Rebels, a mesma situação se repete com os mesmos personagens, com Ahsoka sendo parte da rebelião e supostamente perecendo após um conflito com Darth Vader, e Maul sendo encontrado em sua prisão em um planeta distante e, episódios depois, sendo morto por Kenobi em um duelo final entre os dois inimigos. Já o Capitão Rex viveu muitos anos em isolamento em um planeta distante, sendo chamado pela Rebelião para lutar novamente. Sua história, porém, torna-se um pouco diferente, já que ele teria tido uma participação no episódio VI como um rebelde de barba branca que participou do ataque à lua de Endor.

O Vídeo abaixo mostra o último duelo entre Kenobi e Darth Maul, e a saída definitiva desse último da saga.

Quanto ao grupo protagonista da série, embora não tenham participado da trilogia, sua presença foi honrada pelo filme Rogue One, que além de mencionar, em um de seus trechos, uma certa General Syndulla (referência à personagem Hera Syndulla, líder do grupo) também mostra a nave Ghost, usada pelo grupo em suas missões, durante a batalha final do filme. Além disso, introduzem também o personagem Saw Guerrera aos filmes, personagem marcante em ambas as séries, o que reforçou ainda mais a presença de ambas no cânone.

5. DIFERENTES ENFOQUES

The Clone Wars é uma série focada completamente nas Guerras Clônicas, e boa parte de suas histórias relatam conflitos entre o exército de Clones da República e o exército de dróides dos Separatistas. Muitos de seus arcos, porém, não remetem apenas aos conflitos armados. Muitos capítulos envolvem tramas que se passam dentro do Senado e relatam lutas políticas e de interesses em um cenário mais burocrático. Há também histórias voltadas mais para um lado científico de corrida armamentista e pesquisas da época, e muitos episódios que envolvem questões relativas à Força e ao treinamento ao redor dela, tanto de jedis (como no caso do episódio onde é acompanhada a busca de Padawans por cristais Kyber para seus sabres de luz) quanto de Siths (o treinamento de Savage ao lado de Conde Dookan). Também são exploradas relações políticas, comerciais e sociais entre planetas que são apenas citados nos filmes e que, aqui, ganham muito mais destaque.

Em Rebels, o mesmo acontece, visto que a maioria dos episódios (isso principalmente na primeira temporada) não diz respeito a um conflito armado entre Rebeldes e Império, nem a um duelo entre naves das duas facções, mas sim ao processo de construção de uma célula da rebelião, a necessidade de se coletar recursos para a sustentação do grupo, as políticas envolvendo a própria criação da Aliança e as divergências entre os grupos, as negociações com piratas e comerciantes, a necessidade de golpes pequenos contra o Império, visto que a força Rebelde não é grande o bastante para lançar ataques diretos e mais potentes. Acima de tudo, isso dá um toque de realidade a uma Aliança que, pelo episódio IV, já está completamente formada e apenas esperando uma brecha para atacar. Na série, vemos que o processo não é tão simples assim.

Existem muitos motivos para você assistir as séries animadas do universo de Star Wars. O principal deles, porém, e que acumula muito do que foi dito acima, é que essas séries trazem densidade e profundidade ao universo criado por George Lucas, e o exploram de uma maneira que os filmes não teriam como fazer, trazendo para os fãs um conteúdo mais completo e que familiariza mais as pessoas com o universo da saga.

Para os interessados, ambas as séries estão disponíveis na Netflix. Comece já a sua maratona! Não percam também o novo filme da saga, Os Últimos Jedis

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Além dos filmes, as séries animadas de Star Wars conquistaram muitos fãs por suas histórias intrigantes. Confira agora 5 motivos para dar a elas uma chance!

escrito por
Luis Henrique Franco
14/12/2017
nascimento

Além dos filmes, as séries animadas de Star Wars conquistaram muitos fãs por suas histórias intrigantes. Confira agora 5 motivos para dar a elas uma chance!

escrito por
Luis Henrique Franco
14/12/2017

Iniciada em 1977 por George Lucas, a saga de Star Wars se tornou rapidamente uma das mais populares do mundo inteiro, criando um grande universo de ficção científica que rendeu, em primeiro plano, uma marcante trilogia inicial, seguida de uma segunda trilogia que, apesar de ter sido menos bem recebida, ainda apresentou ao público um universo mais expandido e com alto potencial para ser explorado no futuro, recentemente, sob o controle da Disney, a saga retornou para sua terceira trilogia, além de apresentar planos para uma grande diversidade de filmes solo, sendo Rogue One o primeiro deles.

Mas além do universo dos filmes, a saga de Star Wars apresentou-se ao público em outras mídias, menos comentadas do que o universo dos filmes. Entre todas essas mídias, as séries animadas talvez sejam uma das mais populares. A ideia das séries começou em 2008, com o lançamento de The Clone Wars, baseada em um filme animado de mesmo nome. Com seis temporadas, a série se destacou como uma grande produção do Cartoon Network e narrou histórias ocorridas entre os episódios II e III, durante a chamada Guerra Clônica entre a República e o Exército Separatista. A segunda série animada a estrear foi Rebels, com quatro temporadas, sendo que a última ainda está sendo lançada, que se passa entre os episódios III e IV (ou, mais precisamente, entre o episódio III e Rogue One) e é centrada em um pequeno grupo de rebeldes que, de um planeta distante, iniciam a chama que daria força à Aliança Rebelde, até então começando a ser formada.

As séries animadas trazem muito conteúdo à saga e podem ser uma boa experiência para os fãs. Abaixo, listamos alguns motivos pelos quais você deveria dar às séries animadas de Star Wars uma chance.

1. HISTÓRIAS NÃO CONTADAS

Se pegarmos as histórias dos filmes, veremos que o episódio II termina com a eclosão das Guerras Clônicas, que ao que tudo indica, serão um confronto terrível para a República, enquanto o episódio III começa no final da mesma guerra, anos depois. Há um grande espaço de acontecimentos entre um episódio e outro, que nunca foram mostrados nos filmes e deixavam um pouco no ar o tamanho real do conflito. Esse buraco é muito bem preenchido em The Clone Wars, pois seus episódios narram diferentes batalhas, eventos, estratégias e acontecimentos que se passaram durante as Guerras Clônicas, possibilitando ao espectador encaixar todos esses acontecimentos entre os episódios II e III e ter, assim, uma dimensão muito mais real do quão terrível a guerra foi para o universo de Star Wars.

A mesma coisa acontece em Rebels, embora em uma menor escala. Isso porque a série foca um pouco mais em apenas um grupo, narrando suas missões como rebeldes contra o Império, em eventos ocorridos entre os episódios III e IV. Inicialmente, têm-se a impressão de se tratar de uma história um pouco deslocada dos eventos do filme. porém, Rebels é muito eficiente para contar um pouco sobre a formação e o crescimento da Aliança Rebelde contra a opressão imperial. De certa forma, é bom ter um pouco desse histórico, ao invés de simplesmente chegar ao episódio IV com uma Aliança já montada e operacional.

O vídeo abaixo mostra a chegada do grupo à base rebelde de Yavin 4, famosa durante o episódio IV da saga

2. NOVOS PERSONAGENS E APROFUNDAMENTO DOS ANTIGOS

Justamente por se tratarem de séries, as duas produções tiveram tempo para trabalhar melhor seus personagens quanto à personalidade, emoções, características e todos os outros pontos, criando indivíduos mais complexos dentro do universo Star Wars.

O resultado disso foi a apresentação de inúmeros novos personagens que rapidamente conquistaram o público, como Ahsoka Tano, Capitão Rex, Asajj Ventress e Hondo Ohnaka (The Clone Wars), Hera Syndulla, Ezra Bridger, Zeb Orelios, Kanan Jarrus e Sabine Wren (Rebels). Extremamente diferentes entre si, os novos personagens trouxeram um grande crescimento para a saga no quesito de abordar outros focos além dos antigos personagens e contribuir muito mais para o crescimento e expansão do universo como um todo.

As séries também fizeram um grande trabalho em relação a personagens antigos da franquia. Tendo como protagonistas os jedi Anakin Skywalker e Obi Wan Kenobi (da mesma maneira que a trilogia dos episódios I, II e III), The Clone Wars não só trabalhou muito bem essa dupla de personagens, fortalecendo a relação entre ambos, mas também explorou uma série de outros personagens que haviam sido introduzidos na mesma trilogia, mas que acabaram por assumir papéis mais secundários.  Diversos episódios foram focados em personagens como Yoda, Padmé Amidala, Mace Windu e mesmo em alguns vilões, como Conde Dookan e General Grievous, mostrando muito mais a participação desses personagens dentro da saga e aumentando consideravelmente sua importância nos eventos ocorridos. Também foi muito bom o trabalho dessa série com outros mestres jedi que, apesar de terem sido mostrados nos filmes, não tiveram nenhuma importância nos acontecimentos dos mesmos, como Ki Adi Mundi, Plo Koom, Luminara Unduli e Kit Fisto.

Já Rebels é uma série que foca muito mais em um grupo específico de personagens e os constrói muito bem, mas que não possui a mesma abrangência de The Clone Wars. Por serem os protagonistas, esse pequeno grupo de rebeldes ganha imenso destaque tanto na narrativa da própria série quanto como membros ativos dos eventos que não foram mostrados nos filmes. E mesmo com esse foco específico, a série acabou dando um pouco mais de luz a alguns personagens que, mesmo com sua participação nos filmes, encontravam-se sempre um pouco apagados, como os líderes da Rebelião Bail Organa e Mon Mothma, assim como o líder extremista Saw Guerrera, apresentado em The Clone Wars e introduzido no universo dos filmes em Rogue One.

3. EXPLORAÇÃO DOS CONCEITOS DA SAGA

Star Wars é uma saga que trouxe à tona muitos conceitos para povoar o universo nerd, e todos esses elementos foram bem explorados em todos os filmes da saga, às vezes apresentando novas questões interessantes, às vezes introduzindo conceitos meio estranhos e sem sentido (cof cof midi-chlorians). As séries animadas entraram também nessa ideia de explorar conceitos, e também tiveram uma grande contribuição na construção desse universo.

The Clone Wars, por exemplo, foi uma série que se preocupou muito em explorar os caminhos da força (em seus capítulos finais, há um arco no qual Yoda é levado para planetas distantes no qual entra em contato tanto com o Lado Negro quanto com o Lado branco da Força) e procura, em alguns momentos, tornar mais clara a ideia da profecia sobre Anakin ser o escolhido que traria equilíbrio para a Força. Também, por tratar em termos gerais das Guerras Clônicas, a série trouxe muitas questões a respeito dos próprios Clones, como a maneira como eles eram criados, sua relação com a República, os jedi e seu planeta natal, Kamino, seus sentimentos além de seu dever para com a guerra. A série, nesse sentido, inclusive lançou um novo olhar a respeito da famigerada Ordem 66 e mostrou mais atentamente como o plano de Palpatine realmente foi posto em prática.

O vídeo abaixo é parte de um dos arcos de The Clone Wars, onde é explorada a conexão de Anakin com a Força e sua posição como escolhido para trazer equilíbrio à mesma.

Também foram abordadas inúmeras origens de diversos personagens antes apresentados, de forma a consertar certo ar de que eles só haviam sido jogados no meio dos filmes e dando-lhes uma história que os tornasse mais atraentes. O mesmo pode ser dito em Rebels, que nutre-se da história de origem de toda a Aliança Rebelde, ao mesmo tempo em que também explora ideias como a conexão das Força com todos os seres vivos, os templos e os caminhos para o Lado Sombrio.

Apesar disso, justamente por não poderem fugir muito aos filmes, alguns conceitos mais sem sentido também foram trazidos à tona nas séries (Estou olhando para vocês, Midi-Chlorians)

4. OUSADIA PARA INOVAR COM RESPEITO AOS FILMES

Ambas as séries trouxeram para o público uma grande variedade de arcos e histórias surpreendentes que, em certos pontos, fugiam às premissas estabelecidas pelos filmes. A presença de alguns personagens em ambas as séries, como a Padawan de Anakin, Ahsoka Tano, e o vilão Darth Maul, julgado como morto, foram ideias novas que ambas as séries acolheram e que também foram bem acolhidas pelos fãs. Também o foram muitos dos arcos criados pelas séries, que resultaram em histórias divertidas e intrigantes para todos os fãs.

Contudo, a inovação e as ideias da série pareciam esbarrar em um problema. Consideradas parte do cânone da saga, elas não podiam ir contra as ideias dos filmes ou os eventos neles ocorridos. Isso criava alguns problemas de lógica, como o fato de que, se Ahsoka era Padawan de Anakin, onde ela estava durante o episódio III, ou mesmo o Capitão Rex, líder de uma das principais divisões de clones na série. Existia também o problema de que, se Darth Maul estava vivo, onde ele estivera durante os episódios II e III, ou mesmo o caso de Rebels, que introduz um grupo que seria, supostamente, importante para a Aliança Rebelde, mas que não é mostrado em nenhum dos filmes da trilogia original.

Essas situações, que pareciam controversas quando colocadas em choque com o que foi apresentado nos filmes, foram dribladas pelas séries de uma maneira sutil e ainda assim coerente, de forma a evitar o dito conflito. Em The Clone Wars, por exemplo, a ausência do Capitão Rex pode ser explicada pelo fato de que ele é apenas um dos comandantes do exército clone e estava em missões não mostradas no filme (já houveram referências à sua participação no Cerco de Mandalore, que teria ocorrido próximo aos eventos do Episódio III). Quanto a Ahsoka, embora tenha sido Padawan do protagonista da segunda trilogia, sua ausência nos filmes é explicada pelo fato de ela ter deixado a Ordem Jedi após um julgamento por um crime que não cometeu e sua “desilusão” com as questões da ordem após isso. Já Maul manteve-se escondido por anos enquanto recuperava suas forças (ele sobreviveu ao conflito com Kenobi após se envolver em uma bolha de ódio que o manteve vivo até que lhe fossem construídas pernas metálicas). Depois disso, retornou e tornou-se um vilão da série até ser encontrado por Darth Sidious e aprisionado por esse, justificando assim sua ausência no episódio III.

O vídeo abaixo mostra o momento em que Ahsoka Tano deixa a Ordem Jedi

Já em Rebels, a mesma situação se repete com os mesmos personagens, com Ahsoka sendo parte da rebelião e supostamente perecendo após um conflito com Darth Vader, e Maul sendo encontrado em sua prisão em um planeta distante e, episódios depois, sendo morto por Kenobi em um duelo final entre os dois inimigos. Já o Capitão Rex viveu muitos anos em isolamento em um planeta distante, sendo chamado pela Rebelião para lutar novamente. Sua história, porém, torna-se um pouco diferente, já que ele teria tido uma participação no episódio VI como um rebelde de barba branca que participou do ataque à lua de Endor.

O Vídeo abaixo mostra o último duelo entre Kenobi e Darth Maul, e a saída definitiva desse último da saga.

Quanto ao grupo protagonista da série, embora não tenham participado da trilogia, sua presença foi honrada pelo filme Rogue One, que além de mencionar, em um de seus trechos, uma certa General Syndulla (referência à personagem Hera Syndulla, líder do grupo) também mostra a nave Ghost, usada pelo grupo em suas missões, durante a batalha final do filme. Além disso, introduzem também o personagem Saw Guerrera aos filmes, personagem marcante em ambas as séries, o que reforçou ainda mais a presença de ambas no cânone.

5. DIFERENTES ENFOQUES

The Clone Wars é uma série focada completamente nas Guerras Clônicas, e boa parte de suas histórias relatam conflitos entre o exército de Clones da República e o exército de dróides dos Separatistas. Muitos de seus arcos, porém, não remetem apenas aos conflitos armados. Muitos capítulos envolvem tramas que se passam dentro do Senado e relatam lutas políticas e de interesses em um cenário mais burocrático. Há também histórias voltadas mais para um lado científico de corrida armamentista e pesquisas da época, e muitos episódios que envolvem questões relativas à Força e ao treinamento ao redor dela, tanto de jedis (como no caso do episódio onde é acompanhada a busca de Padawans por cristais Kyber para seus sabres de luz) quanto de Siths (o treinamento de Savage ao lado de Conde Dookan). Também são exploradas relações políticas, comerciais e sociais entre planetas que são apenas citados nos filmes e que, aqui, ganham muito mais destaque.

Em Rebels, o mesmo acontece, visto que a maioria dos episódios (isso principalmente na primeira temporada) não diz respeito a um conflito armado entre Rebeldes e Império, nem a um duelo entre naves das duas facções, mas sim ao processo de construção de uma célula da rebelião, a necessidade de se coletar recursos para a sustentação do grupo, as políticas envolvendo a própria criação da Aliança e as divergências entre os grupos, as negociações com piratas e comerciantes, a necessidade de golpes pequenos contra o Império, visto que a força Rebelde não é grande o bastante para lançar ataques diretos e mais potentes. Acima de tudo, isso dá um toque de realidade a uma Aliança que, pelo episódio IV, já está completamente formada e apenas esperando uma brecha para atacar. Na série, vemos que o processo não é tão simples assim.

Existem muitos motivos para você assistir as séries animadas do universo de Star Wars. O principal deles, porém, e que acumula muito do que foi dito acima, é que essas séries trazem densidade e profundidade ao universo criado por George Lucas, e o exploram de uma maneira que os filmes não teriam como fazer, trazendo para os fãs um conteúdo mais completo e que familiariza mais as pessoas com o universo da saga.

Para os interessados, ambas as séries estão disponíveis na Netflix. Comece já a sua maratona! Não percam também o novo filme da saga, Os Últimos Jedis

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