Crítica

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Veja Como Eles Correm: "Se você viu um, você viu todos", certo?

14/12/2022

Veja Como Eles Correm abraça as ideias clássicas do gênero "Quem Matou?" eternizado por Agatha Christie, brinca com as histórias da autora e proporciona um bom entretenimento familiar, mesmo que não muito inovador.

escrito por
Luis Henrique Franco

Veja Como Eles Correm abraça as ideias clássicas do gênero "Quem Matou?" eternizado por Agatha Christie, brinca com as histórias da autora e proporciona um bom entretenimento familiar, mesmo que não muito inovador.

escrito por
Luis Henrique Franco
14/12/2022

Existe uma tendência no cinema atual, que consiste no filme reconhecer, logo no início, a fórmula narrativa ao qual ele faz parte. Afirmando que o público já sabe o que acontece nesses tipos de história, o filme tenta chamar a atenção para o que todos esperam que vá ocorrer, como uma forma de subverter as expectativas quando tal fórmula for alterada. E é um tipo bastante frustrante de tendência porque, na maior parte das vezes, nenhuma expectativa é subvertida e tudo acontece da maneira como o público previu. Diante disso, esse reconhecimento inicial da fórmula para logo depois utilizá-la novamente pode ter algumas explicações: ou os produtores estão caçoando do público, o que seria horrível; ou eles estão se desculpando por não conseguirem ser mais criativos, o que é triste, mas improvável; ou eles pensam que seus filmes são mais inteligentes do que de fato são, o que também é triste, mas mais provável.

Em qual dessas três possibilidades o filme Veja Como Eles Correm se encaixa? Surpreendentemente, parece ser um pouco das três. Nessa comédia de investigação, um detetive (Sam Rockwell) e uma policial (Saoirse Ronan) são enviados para investigar o assassinato de um renomado diretor de Hollywood (Adrien Brody), morto logo após a centésima apresentação da peça "A Ratoeira", de Agatha Christie, peça que o dito diretor estava responsável por adaptar ao cinema. Com essa premissa, os elementos básicos de um "Quem Matou?" clássico seguem a sequência esperada: o assassinato ocorre, os detetives chegam ao local, os suspeitos são reunidos em uma sala e, ao longo dos dias, cada um deles é interrogado para determinar seus álibis e causas prováveis.

Os dois detetives (Rockwell e Ronan) investigam uma pista no teatro

O roteiro do filme, mesmo reconhecendo a fórmula de seu gênero logo no início, não foge muito dela, de forma que o público, mesmo que não preveja quem é o assassino, consegue determinar os passos seguintes da história. O que em um primeiro momento parece propor uma subversão da narrativa na verdade altera pouco a sequência dos eventos a que estamos familiarizados, acrescentando alguns detalhes com o propósito cômico e estabelecendo pontos metalinguísticos em sua narrativa para justamente apontar os aspectos já reconhecidos desse tipo de filme. O uso que o longa faz desses aspectos é interessante e bem feito, mas não exatamente original, por conta da tendência cinematográfica apontada no início. De fato, diálogos metalinguísticos que escancaram a fórmula do filme são extremamente usados, de forma que, quando esse filme já se inicia reconhecendo que o seu gênero está desgastado, boa parte do público já espera por alguma coisa desse tipo.

Mas ao mesmo tempo em que parece falhar em subverter essas expectativas, Veja Como Eles Correm não parece muito preocupado com suas falhas. Mesmo que exista um objetivo de tentar subverter a fórmula, na maior parte do seu decorrer o filme transcorre com certa leveza que tira essa necessidade da história, enquanto a trama se desenrola como um mistério de assassinato convencional e, ainda assim divertido. A relação entre os personagens contribui bastante para isso, com Rockwell interpretando um detetive veterano e já desgastado, sem muito amor pelo seu trabalho, enquanto Ronan atua como a policial novata, ansiosa para provar seu valor e que, por causa disso, acaba se precipitando em várias ocasiões, formando assim um interessante equilíbrio entre os dois, no qual as experiências de cada um afetam o outro. O interessante dessa relação, contudo, é que o foco maior é colocado sobre a assistente, estabelecendo mais o ponto de vista dela sobre o caso do que o do detetive e focando mais em suas teorias sobre a investigação.

A policial Stalker (Ronan), trabalha com as pistas no escritório da Scotland Yard.

Aproveitando-se de suas referências a Agatha Christie e quase reconhecendo sua falha em subverter o gênero, o filme na realidade abraça a inevitabilidade da fórmula. Por um lado, reconhece que é um gênero clássico e que tentativas de mudá-lo demais poderiam ser perigosas, enquanto que por outro constrói uma sátira a respeito dessas adaptações, dessas tentativas de se mudar algo estabelecido e se permite rir não do público, mas com o público. Estabelecendo os personagens do diretor de cinema (Brody), do roteirista (David Oyelowo) e do produtor (Reece Shearsmith), Veja Como Eles Correm aponta justamente para essas adaptações que não respeitam o material original, satirizando a necessidade de algo explosivo nos cinemas, uma virada na história que choque o público. E faz isso enquanto mantém uma narrativa que sabe que funciona, mesmo desgastada pelo uso.

O diretor (Adrien Brody) e o roteirista (David Oyelowo) brigam a respeito do roteiro da adaptação.

E talvez seu reconhecimento de que tal narrativa funciona seja seu maior triunfo, visto que o filme funciona muito bem como uma homenagem ao trabalho de Agatha Christie. Escritora notória pela maneira como revolucionou o gênero literário dos detetives, Christie praticamente escreveu as leis de como um mistério de assassinato moderno deve transcorrer, e nunca fugiu muito de suas próprias normas. Ao homenagear seu trabalho, o filme também reconhece que há um motivo para seu sucesso e popularidade, ainda nos dias de hoje, e mesmo que faça tentativas de colocar detalhes novos na trama, como forma de fornecer alguma surpresa ou alívio cômico, ainda assim não foge das normas por ela criadas e se contenta com esse reconhecimento, mesmo que sua história acabe por se tornar menos desafiadora para o público.

O elenco da peça A Ratoeira no filme.

Não se trata de um filme inovador. Não irá surpreender a audiência, não se tornará um grande clássico e dificilmente entrará em qualquer lista de melhores do ano. É um filme seguro com uma história conhecida e um desenvolvimento que não deixa muito espaço para surpresas reais. Mas é divertido, um tipo de entretenimento que não vai muito além do que se propõe, mas que cumpre seu papel. Infelizmente, não é uma trama que vence as expectativas do público, mas ao menos está ciente disso.

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Veja Como Eles Correm

Veja Como Eles Correm

Direção: 
Criação:
Roteirista 1
Roteirista 2
Roteirista 3
Diretor 1
Diretor 2
Diretor 3
Elenco Principal:
Ator 1
Ator 2
Ator 3
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Luis Henrique Franco
14/12/2022

Existe uma tendência no cinema atual, que consiste no filme reconhecer, logo no início, a fórmula narrativa ao qual ele faz parte. Afirmando que o público já sabe o que acontece nesses tipos de história, o filme tenta chamar a atenção para o que todos esperam que vá ocorrer, como uma forma de subverter as expectativas quando tal fórmula for alterada. E é um tipo bastante frustrante de tendência porque, na maior parte das vezes, nenhuma expectativa é subvertida e tudo acontece da maneira como o público previu. Diante disso, esse reconhecimento inicial da fórmula para logo depois utilizá-la novamente pode ter algumas explicações: ou os produtores estão caçoando do público, o que seria horrível; ou eles estão se desculpando por não conseguirem ser mais criativos, o que é triste, mas improvável; ou eles pensam que seus filmes são mais inteligentes do que de fato são, o que também é triste, mas mais provável.

Em qual dessas três possibilidades o filme Veja Como Eles Correm se encaixa? Surpreendentemente, parece ser um pouco das três. Nessa comédia de investigação, um detetive (Sam Rockwell) e uma policial (Saoirse Ronan) são enviados para investigar o assassinato de um renomado diretor de Hollywood (Adrien Brody), morto logo após a centésima apresentação da peça "A Ratoeira", de Agatha Christie, peça que o dito diretor estava responsável por adaptar ao cinema. Com essa premissa, os elementos básicos de um "Quem Matou?" clássico seguem a sequência esperada: o assassinato ocorre, os detetives chegam ao local, os suspeitos são reunidos em uma sala e, ao longo dos dias, cada um deles é interrogado para determinar seus álibis e causas prováveis.

Os dois detetives (Rockwell e Ronan) investigam uma pista no teatro

O roteiro do filme, mesmo reconhecendo a fórmula de seu gênero logo no início, não foge muito dela, de forma que o público, mesmo que não preveja quem é o assassino, consegue determinar os passos seguintes da história. O que em um primeiro momento parece propor uma subversão da narrativa na verdade altera pouco a sequência dos eventos a que estamos familiarizados, acrescentando alguns detalhes com o propósito cômico e estabelecendo pontos metalinguísticos em sua narrativa para justamente apontar os aspectos já reconhecidos desse tipo de filme. O uso que o longa faz desses aspectos é interessante e bem feito, mas não exatamente original, por conta da tendência cinematográfica apontada no início. De fato, diálogos metalinguísticos que escancaram a fórmula do filme são extremamente usados, de forma que, quando esse filme já se inicia reconhecendo que o seu gênero está desgastado, boa parte do público já espera por alguma coisa desse tipo.

Mas ao mesmo tempo em que parece falhar em subverter essas expectativas, Veja Como Eles Correm não parece muito preocupado com suas falhas. Mesmo que exista um objetivo de tentar subverter a fórmula, na maior parte do seu decorrer o filme transcorre com certa leveza que tira essa necessidade da história, enquanto a trama se desenrola como um mistério de assassinato convencional e, ainda assim divertido. A relação entre os personagens contribui bastante para isso, com Rockwell interpretando um detetive veterano e já desgastado, sem muito amor pelo seu trabalho, enquanto Ronan atua como a policial novata, ansiosa para provar seu valor e que, por causa disso, acaba se precipitando em várias ocasiões, formando assim um interessante equilíbrio entre os dois, no qual as experiências de cada um afetam o outro. O interessante dessa relação, contudo, é que o foco maior é colocado sobre a assistente, estabelecendo mais o ponto de vista dela sobre o caso do que o do detetive e focando mais em suas teorias sobre a investigação.

A policial Stalker (Ronan), trabalha com as pistas no escritório da Scotland Yard.

Aproveitando-se de suas referências a Agatha Christie e quase reconhecendo sua falha em subverter o gênero, o filme na realidade abraça a inevitabilidade da fórmula. Por um lado, reconhece que é um gênero clássico e que tentativas de mudá-lo demais poderiam ser perigosas, enquanto que por outro constrói uma sátira a respeito dessas adaptações, dessas tentativas de se mudar algo estabelecido e se permite rir não do público, mas com o público. Estabelecendo os personagens do diretor de cinema (Brody), do roteirista (David Oyelowo) e do produtor (Reece Shearsmith), Veja Como Eles Correm aponta justamente para essas adaptações que não respeitam o material original, satirizando a necessidade de algo explosivo nos cinemas, uma virada na história que choque o público. E faz isso enquanto mantém uma narrativa que sabe que funciona, mesmo desgastada pelo uso.

O diretor (Adrien Brody) e o roteirista (David Oyelowo) brigam a respeito do roteiro da adaptação.

E talvez seu reconhecimento de que tal narrativa funciona seja seu maior triunfo, visto que o filme funciona muito bem como uma homenagem ao trabalho de Agatha Christie. Escritora notória pela maneira como revolucionou o gênero literário dos detetives, Christie praticamente escreveu as leis de como um mistério de assassinato moderno deve transcorrer, e nunca fugiu muito de suas próprias normas. Ao homenagear seu trabalho, o filme também reconhece que há um motivo para seu sucesso e popularidade, ainda nos dias de hoje, e mesmo que faça tentativas de colocar detalhes novos na trama, como forma de fornecer alguma surpresa ou alívio cômico, ainda assim não foge das normas por ela criadas e se contenta com esse reconhecimento, mesmo que sua história acabe por se tornar menos desafiadora para o público.

O elenco da peça A Ratoeira no filme.

Não se trata de um filme inovador. Não irá surpreender a audiência, não se tornará um grande clássico e dificilmente entrará em qualquer lista de melhores do ano. É um filme seguro com uma história conhecida e um desenvolvimento que não deixa muito espaço para surpresas reais. Mas é divertido, um tipo de entretenimento que não vai muito além do que se propõe, mas que cumpre seu papel. Infelizmente, não é uma trama que vence as expectativas do público, mas ao menos está ciente disso.

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Veja Como Eles Correm abraça as ideias clássicas do gênero "Quem Matou?" eternizado por Agatha Christie, brinca com as histórias da autora e proporciona um bom entretenimento familiar, mesmo que não muito inovador.

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Luis Henrique Franco
14/12/2022
nascimento

Veja Como Eles Correm abraça as ideias clássicas do gênero "Quem Matou?" eternizado por Agatha Christie, brinca com as histórias da autora e proporciona um bom entretenimento familiar, mesmo que não muito inovador.

escrito por
Luis Henrique Franco
14/12/2022

Existe uma tendência no cinema atual, que consiste no filme reconhecer, logo no início, a fórmula narrativa ao qual ele faz parte. Afirmando que o público já sabe o que acontece nesses tipos de história, o filme tenta chamar a atenção para o que todos esperam que vá ocorrer, como uma forma de subverter as expectativas quando tal fórmula for alterada. E é um tipo bastante frustrante de tendência porque, na maior parte das vezes, nenhuma expectativa é subvertida e tudo acontece da maneira como o público previu. Diante disso, esse reconhecimento inicial da fórmula para logo depois utilizá-la novamente pode ter algumas explicações: ou os produtores estão caçoando do público, o que seria horrível; ou eles estão se desculpando por não conseguirem ser mais criativos, o que é triste, mas improvável; ou eles pensam que seus filmes são mais inteligentes do que de fato são, o que também é triste, mas mais provável.

Em qual dessas três possibilidades o filme Veja Como Eles Correm se encaixa? Surpreendentemente, parece ser um pouco das três. Nessa comédia de investigação, um detetive (Sam Rockwell) e uma policial (Saoirse Ronan) são enviados para investigar o assassinato de um renomado diretor de Hollywood (Adrien Brody), morto logo após a centésima apresentação da peça "A Ratoeira", de Agatha Christie, peça que o dito diretor estava responsável por adaptar ao cinema. Com essa premissa, os elementos básicos de um "Quem Matou?" clássico seguem a sequência esperada: o assassinato ocorre, os detetives chegam ao local, os suspeitos são reunidos em uma sala e, ao longo dos dias, cada um deles é interrogado para determinar seus álibis e causas prováveis.

Os dois detetives (Rockwell e Ronan) investigam uma pista no teatro

O roteiro do filme, mesmo reconhecendo a fórmula de seu gênero logo no início, não foge muito dela, de forma que o público, mesmo que não preveja quem é o assassino, consegue determinar os passos seguintes da história. O que em um primeiro momento parece propor uma subversão da narrativa na verdade altera pouco a sequência dos eventos a que estamos familiarizados, acrescentando alguns detalhes com o propósito cômico e estabelecendo pontos metalinguísticos em sua narrativa para justamente apontar os aspectos já reconhecidos desse tipo de filme. O uso que o longa faz desses aspectos é interessante e bem feito, mas não exatamente original, por conta da tendência cinematográfica apontada no início. De fato, diálogos metalinguísticos que escancaram a fórmula do filme são extremamente usados, de forma que, quando esse filme já se inicia reconhecendo que o seu gênero está desgastado, boa parte do público já espera por alguma coisa desse tipo.

Mas ao mesmo tempo em que parece falhar em subverter essas expectativas, Veja Como Eles Correm não parece muito preocupado com suas falhas. Mesmo que exista um objetivo de tentar subverter a fórmula, na maior parte do seu decorrer o filme transcorre com certa leveza que tira essa necessidade da história, enquanto a trama se desenrola como um mistério de assassinato convencional e, ainda assim divertido. A relação entre os personagens contribui bastante para isso, com Rockwell interpretando um detetive veterano e já desgastado, sem muito amor pelo seu trabalho, enquanto Ronan atua como a policial novata, ansiosa para provar seu valor e que, por causa disso, acaba se precipitando em várias ocasiões, formando assim um interessante equilíbrio entre os dois, no qual as experiências de cada um afetam o outro. O interessante dessa relação, contudo, é que o foco maior é colocado sobre a assistente, estabelecendo mais o ponto de vista dela sobre o caso do que o do detetive e focando mais em suas teorias sobre a investigação.

A policial Stalker (Ronan), trabalha com as pistas no escritório da Scotland Yard.

Aproveitando-se de suas referências a Agatha Christie e quase reconhecendo sua falha em subverter o gênero, o filme na realidade abraça a inevitabilidade da fórmula. Por um lado, reconhece que é um gênero clássico e que tentativas de mudá-lo demais poderiam ser perigosas, enquanto que por outro constrói uma sátira a respeito dessas adaptações, dessas tentativas de se mudar algo estabelecido e se permite rir não do público, mas com o público. Estabelecendo os personagens do diretor de cinema (Brody), do roteirista (David Oyelowo) e do produtor (Reece Shearsmith), Veja Como Eles Correm aponta justamente para essas adaptações que não respeitam o material original, satirizando a necessidade de algo explosivo nos cinemas, uma virada na história que choque o público. E faz isso enquanto mantém uma narrativa que sabe que funciona, mesmo desgastada pelo uso.

O diretor (Adrien Brody) e o roteirista (David Oyelowo) brigam a respeito do roteiro da adaptação.

E talvez seu reconhecimento de que tal narrativa funciona seja seu maior triunfo, visto que o filme funciona muito bem como uma homenagem ao trabalho de Agatha Christie. Escritora notória pela maneira como revolucionou o gênero literário dos detetives, Christie praticamente escreveu as leis de como um mistério de assassinato moderno deve transcorrer, e nunca fugiu muito de suas próprias normas. Ao homenagear seu trabalho, o filme também reconhece que há um motivo para seu sucesso e popularidade, ainda nos dias de hoje, e mesmo que faça tentativas de colocar detalhes novos na trama, como forma de fornecer alguma surpresa ou alívio cômico, ainda assim não foge das normas por ela criadas e se contenta com esse reconhecimento, mesmo que sua história acabe por se tornar menos desafiadora para o público.

O elenco da peça A Ratoeira no filme.

Não se trata de um filme inovador. Não irá surpreender a audiência, não se tornará um grande clássico e dificilmente entrará em qualquer lista de melhores do ano. É um filme seguro com uma história conhecida e um desenvolvimento que não deixa muito espaço para surpresas reais. Mas é divertido, um tipo de entretenimento que não vai muito além do que se propõe, mas que cumpre seu papel. Infelizmente, não é uma trama que vence as expectativas do público, mas ao menos está ciente disso.

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